VITACEAE

Cissus nobilis Kuhlm.

Como citar:

Diogo Marcilio Judice; Tainan Messina. 2012. Cissus nobilis (VITACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

31.627,355 Km2

AOO:

60,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Distribui-se nos estados doAmazonas, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo (Lombardi, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

?<i>Cissus nobilis </i>Kuhlm. apresenta EOO de 26.595 Km² e ocorre em áreas com forte pressão antrópica registradas tanto no passado quanto no presente. A porção sul do estado da Bahia, onde a espécie ocorre com maior frequência, apresenta apenas 0,4% de seu remanescentes intactos. Suspeita-se que se as taxas de perda de habitat continuarem crescentes, a espécie poderá se encontrar ameaçada futuramente.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Espécie distinta por seu caule 4-alados e grandes frutos de epicarpofino, característica compartilhada por poucas espécies que possuem frutosgrandes. Os espécimes coletados no Peru, Suriname, e Brasil amazônico apesar demais pubescentes que os espécimens da mata Atlântica são espécimes fragmentáriose a princípio são incluídos sob a mesma espécie. Cissus nobilis talvez seja relacionada à C. trigona, ambas ocorrentes na região amazônica e na Hileiabaiana, da qual distingue-se pelos frutos baga (vs. anfisarcos), pecíolostriangulares e alados (vs. levemente alados), pelo cálice de base expandida ediscoide ou às vezes irregularmente lobada (vs. expandida, mas nãoconspicuamente discoide ou lobada), e pela presença conspícua de alas nos ramos(vs. reprodutivos angulados e vegetativos alados de alas curtas). Assemelha-se tambéma Cissus flavifolia pelos seus ramosalados e pecíolo triangular, mas difere pelas folhas glabras na face adaxial e híspidasna face abaxial (vs. pubérulas em ambas as faces ou canescentes na faceabaxial), pelo cálice de base discoide ou irregularmente lobada (vs. urceoladode base não discoide), e pelos frutos bagas (vs. anfisarcos). Nomes populares: Cipó-de-anta, uva-da-mata (Lombardi, 2000).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: ​Não há dados populacionais disponíveis.

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica
Fitofisionomia: ​Ocorre no interior de matas pluviais primárias a altitudes de 100 a ca. 263m, (Lombardi, 2000).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: ​Lianas; tricomas não ramificados e não glandulares. Gavinhas ramificadasdicotomicamente várias vezes, glabras ou pubérulas, jovens púrpura. Folhastrifolioladas, às vezes nos ramos reprodutivos folíolos laterais muitoreduzidos ou unidos ao folíolo central, lâminas elípticas, subovais, ou subelípticas.Inflorescências umbeliformes, de ápice aplanado; flores esverdeadas ou rosadas,pulverulentas, papilosas. Baga púrpura, botuliforme, lisa. Ocorre no interior de matas pluviais primárias aaltitudes de 100 a ca. 263 m. Coletada com flores de outubro a março e comfrutos de março a outubro (Lombardi, 2000).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Floresta Atlântica entre Bahia e Espírito Santo encontra-se bastante devastada, o Sul da Bahia possui somente 0,4% de seusremanescentes florestais intactos (Thomas et al., 1998).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).